Quatro revelações importantes nos documentos altamente confidenciais dos EUA sobre a guerra na Ucrânia


Dezenas de documentos altamente confidenciais dos Estados Unidos que circulam na internet dão detalhes sobre a guerra na Ucrânia, bem como informações sobre a China e seus aliados. Alguns desses documentos foram marcados como altamente confidenciais e foram confirmados como reais por funcionários do Pentágono. 

Eles incluem cronogramas e termos militares, listas de equipamentos fornecidos pelos aliados ocidentais da Ucrânia, informações sobre a presença de forças especiais ocidentais no país e uma avaliação das condições no terreno. 

Um documento datado de 23 de março menciona um pequeno número de forças especiais ocidentais operando na Ucrânia. O Reino Unido tem a maior presença (50 agentes), seguido por Letônia (17 agentes), França (15 agentes), Estados Unidos (14 agentes) e Holanda (01 agente). 

O mapa avalia as condições no terreno no leste da Ucrânia à medida que a primavera avança. Além disso, os documentos especificam quando dez novas brigadas ucranianas estarão prontas para uma ofensiva que pode começar em algumas semanas. 

As baixas também são listadas, mencionando até 223 mil soldados russos mortos ou feridos e até 131 mil ucranianos. Algumas autoridades ucranianas minimizaram os vazamentos, especulando que poderiam constituir uma campanha de desinformação russa. 

Mikhailo Podolyak, um conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, expressou sua frustração pelas revelações.

Do fornecimento de armas para Rússia e a divisão da Coréia do Norte em fornecer armas à Ucrânia

O jornal Washington Post acessou um documento de fevereiro que indicava que o Egito tinha planos de produzir 40 mil foguetes para a Rússia em segredo, de acordo com o presidente egípcio Abdul Fatah al-Sisi

A produção e transporte seriam mantidos em sigilo para evitar problemas com o Ocidente. Em janeiro, a agência Reuters informou que a participação russa nas importações de trigo egípcio havia aumentado, o que poderia justificar a venda. 

Não se sabe se o Egito levou adiante a proposta, nem se foi interrompida por um aviso dos EUA. Enquanto isso, a Coreia do Sul está dividida sobre a decisão de vender armas para uso na Ucrânia, com pressão dos EUA e medo de antagonizar a Rússia

Um vazamento de um documento confidencial revelou a delicada conversa entre conselheiros sul-coreanos. A oposição questionou a segurança da interceptação da conversa de alto nível pelos EUA.

Do teste de armas hipersônicas pela China em fevereiro

De acordo com o Washington Post, em 25 de fevereiro, Pequim testou o seu veículo hipersônico DF-27, um míssil experimental, que voou por 12 minutos e percorreu 2,1 mil quilômetros, conforme os documentos. 

O jornal relatou que o míssil possuía uma "alta probabilidade" de penetrar nos sistemas de defesa antimísseis balísticos dos EUA. Além disso, o relatório incluiu informações sobre um novo navio de guerra chinês e um lançamento de foguete em março que aumentaria as capacidades de mapeamento da China.

Crédito: BBC