Empresário cearense assassinado em Recife já teria sido investigado por envolvimento com facção criminosa

O empresário cearense João Batista de Oliveira Ramos, mais conhecido como 'Beto da Mídia', foi morto a tiros na última segunda-feira (24/04) em Recife/PE. Ele já teria sido investigado pela Polícia Civil do Ceará (PC/CE) por suspeita de envolvimento com uma facção criminosa originada em São Paulo.

Na polícia cearense, 'Beto da Mídia' tinha procedimentos criminais por porte ilegal de arma de fogo e uso de entorpecentes. No entanto, nas redes sociais, ele se apresentava como empresário e publicava fotos com políticos, incluindo o deputado federal Yury do Paredão.

De acordo com documentos obtidos pelo Diário do Nordeste, a Delegacia Regional de Juazeiro do Norte/CE ordenou uma investigação sobre a possível participação de João Batista na facção criminosa paulista em abril de 2016. 

Uma semana antes, ele havia sido preso em flagrante por posse de uma pistola calibre .380 municiada com 16 cartuchos intactos em uma festa que acontecia em uma chácara no bairro Betolândia, em Juazeiro do Norte/CE

A Polícia Militar do Ceará (PMCE) foi acionada para investigar suspeitas de drogas e armas no local. Os policiais que atenderam a ocorrência afirmaram que 'Beto da Mídia' confessou a posse da arma, mas negou ser o proprietário da chácara e da pistola quando foi interrogado. 

O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou-o pelo crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, e ele se tornou réu em maio de 2016. Antes desse caso, João Batista já havia sido autuado duas vezes pela polícia cearense, uma por porte ilegal de arma de fogo em 2006 e outra por uso de entorpecentes em 2011, ambos em inquéritos policiais.

O Ministério Público do Ceará (MPCE) ainda disse que apesar de não ter denunciado o empresário pelo crime de integrar organização criminosa, o MPCE ponderou que "há registro nos autos de que o acusado pode ser membro da famigerada associação criminosa denominada Primeiro Comando da Capital - PCC".

Crédito: Diário do Nordeste